8.10.12

Os desafios de Paes

 
Foto: Bruno Gonzalez/Agência O Globo
Reeleito no primeiro turno com 64,60% dos votos válidos (contando com a confiança de pouco mais de dois milhões de eleitores), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), assumirá seu segundo mandato em 1º de janeiro de 2013 com muitos desafios a cumprir. O maior deles, com certeza, é fazer um mandato que supere a popularidade do atual, já que a votação recorde obtida neste primeiro turno não deixa de ser um respaldo dado pelo eleitorado carioca.
 
Mas há vários outros. Como, por exemplo, preparar a cidade para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 sem esquecer as necessidades básicas da cidade, como saúde e educação. Melhorar o sistema de transportes, que ainda deixa a desejar. Seguir as obras pela revitalização da Zona Portuária (um dos grandes acertos desta prefeitura, por sinal). Pelo visto, o prefeito parece concentrado nesse objetivo. É necessário, pois os quatro próximos anos serão intensos.
 
O grande desafio de Eduardo Paes, porém, será em 2016. Não, não é a realização da Olimpíada. É a própria sucessão. O vice-prefeito recém-eleito, Adílson Pires, é do PT, partido que nunca elegeu um prefeito na cidade nem um governador fluminense em eleição direta. Sei que é cedo para afirmar algo que ocorrerá daqui a quatro anos, mas a lógica diz que o vice concorre para suceder o chefe do Executivo - o vice-governador fluminense Luiz Fernando Pezão (PMDB) está cotado para concorrer ao governo do estado em 2014, já que o atual governador Sérgio Cabral Filho está em seu segundo mandato. Na próxima eleição municipal, Paes terá que encontrar um político que possa sucedê-lo seguindo seu estilo ou assumir os riscos de, talvez, ter que usar a máquina federal - principalmente se Dilma for reeleita presidente em 2014 e os métodos petistas de apoio a aliados permanecerem a todo vapor, como certamente haverá no segundo turno paulistano, onde Fernando Haddad enfrentará o tucano José Serra. Mas isso é assunto para outro texto.

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