12.4.12

Pela instalação da UPPP

Apesar de ser um sopro de segurança para os cidadãos cariocas depois de décadas de convivência com um constante estado de guerra civil, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) não são um exemplo de perfeição, como andamos vendo nesses últimos dias. Problemas em Rocinha, Mangueira e Cidade de Deus, além da previsível (menos para os governantes fluminenses) migração da bandidagem fugida das favelas pacificadas para outras cidades do estado como Niterói e São Gonçalo, lançam uma sombra de dúvidas acerca da eficiência do método implantado pelo governador Sérgio Cabral Filho e pelo secretário de Segurança José Mariano Beltrame.

Culpa, em grande parte, da leniência das autoridades do estado em tratar de bandidos procurados, dando a eles uma "segunda chance", como se não tivessem desperdiçado todas as chances possíveis que tiveram. Os cidadãos de bem já tinham sérias restrições quanto aos avisos dos responsáveis pela segurança pública de que determinada favela iria receber a próxima UPP, dando a assaltantes, traficantes e seus chefões a oportunidade de escapar para um lugar onde pudessem praticar suas atrocidades sem serem incomodados. Isso sem falar de o poder público concentrar seus esforços apenas na capital, ignorando solenemente as cidades vizinhas. Resultado: Niterói vive sua maior onda de violência em muito tempo.

A Secretaria de Segurança anunciou medidas para conter esse estado de coisas na região. Mas é fácil agir quando o desastre acontece. Além disso, de nada adianta tomar atitudes paliativas se os bandidos seguem soltos por aí. Dessa forma, assemelha-se ao "banditismo cidadão" encravado em governos anteriores, de tão triste memória para a população fluminense. Mesmo que todo o estado seja upepetizado, os malfeitores fugirão para outros estados se continuarem à solta. Por isso, é mais que urgente que seja implementada a UPPP: Unidade de Polícia Pacificadora... e Prendedora.

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