16.6.11

A natureza da "solidariedade" aos palestinos

Do Blog de Marcos Guterman:

Como explicar tamanha insensibilidade de gente que se posiciona à “esquerda” e que, portanto, deveria ter como valor primordial a solidariedade aos oprimidos – qualquer oprimido?

Essa “esquerda” tornou-se cinicamente seletiva a partir de Stálin e nunca mais se recuperou. Como se sabe, o antissemitismo travestido de “antissionismo” é invenção stalinista, depois que ficou claro que o Estado de Israel não se alinharia a Moscou, mas aos EUA, apesar dos sionistas socialistas. Stálin, que sempre foi antipático aos judeus e queria aproveitar para fazer mais um de seus expurgos, deflagrou campanha contra o “cosmopolitismo” judaico, inimigo do Estado, o que resultou em prisões em massa e falsos julgamentos. Graças à subserviência de intelectuais esquerdistas de vários países europeus e latino-americanos a tudo o que vinha da URSS, resultou também na disseminação da ideia de que o Estado de Israel era parte de um plano global de dominação capitalista no Oriente Médio. A propaganda soviética afirmava ainda que o sionismo e o nazismo se equivaliam, que os sionistas detinham o poder econômico e midiático internacional e, enfim, que conspiravam secretamente para destruir a liberdade dos povos. Como se vê, todos os elementos do antissemitismo clássico dos séculos 19 e 20 estão presentes no “antissionismo” soviético, alegremente adotado como discurso pela militância esquerdista do século 21.


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