24.2.11

O silêncio dos "progressistas"



Mais uma vez, um ditador está a perigo - no caso, o líbio Muammar Kadafi, que está no poder desde 1969, sendo o líder de um país há mais tempo no cargo (apesar de sua ditadura não ser a mais longa do mundo no momento - esta marca pertence à ditadura cubana dos Castro, no poder há 52 anos). Há relatos de que, na ânsia de continuar no poder, Kadafi tenha mandado bombardear quem protestasse contra seus desmandos. Algo que muitos ditadores pró-americanos fizeram com seus povos em tempos idos - mas que não vem tendo a mesma repercussão por parte dos "progressistas" que pululam por aí. Não é difícil saber o porquê.

Todos sabemos que, salvo raríssimas exceções, esquerdistas têm como mote "Aos amigos, tudo; aos inimigos, a força da Lei". Não importa que Mao Tsé-Tung tenha matado milhões de chineses em nome da Revolução Cultural, ou que Josef Stalin tenha praticado genocídio via fome na Ucrânia, ou que os Castro mandem cubanos pro paredão. Se é aliado dos americanos, que se dane sempre. Vide o caso do ex-ditador Hosni Mubarak no Egito. Quando ele renunciou graças à mobilização popular que ocupou durante dias a Praça Tahrir, no Cairo, o pessoal só faltou ter orgasmos. Isso é compreensível, para quem gosta da democracia plena. O que, definitivamente, não é o caso deles, que silenciam frente às atitudes de Kadafi para permanecer no poder.

É essa a diferença entre os que prezam a democracia e os que dizem ser mais justos: estes têm ditadores de estimação, aqueles não. Pinochet, Videla, Stroessner, Médici combateram comunistas e nem por isso têm a admiração dos democratas de verdade. O que não é seguido por muitos esquerdistas, que costumam idolatrar Castro, Mao, Stalin, Khomeini, entre outros também nunca votados ("menos votados" seria uma piada pronta, convenhamos). Não é exagero nenhum dizer que há uma superioridade moral daqueles nesse assunto. O que deveria, inclusive, ser mais comentado por aí.

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