3.11.10

E 2012, como será?

Passadas as eleições de 2010, as atenções se voltam para o pleito municipal de 2012. Dependendo do desempenho de Dilma Rousseff no cargo de presidente da República, pode até ser que a oposição finalmente marque posição, de olho nas eleições presidenciais de 2014.

No Rio, certamente Eduardo Paes (PMDB) tentará a reeleição, escorado pelo apoio do governador Sérgio Cabral Filho. Minha previsão é de que, pela primeira vez, PT e PDT não lançarão candidatos próprios à prefeitura do Rio, decidindo por apoiar Paes (lembrando o que ocorreu em 2010, quando os dois partidos apoiaram a reeleição de Cabral) e frustrando as expectativas dos que seriam fortes candidatos, como o deputado federal petista Alessandro Molon e o estadual pedetista Wagner Montes. A oposição terá como candidatos mais fortes o deputado federal Otávio Leite (PSDB), ex-vice-prefeito que contará com o apoio de PPS (que lançará seu vice, o colega de bancada Stepan Nercessian), DEM (que chega a cogitar a candidatura de Indio da Costa, candidato à vice-presidência dois anos antes) e PV (graças ao apoio do ex-deputado federal Fernando Gabeira, que decide por um período sabático na política); e o também deputado Chico Alencar (PSOL), visto como o grande nome da esquerda nas eleições municipais cariocas, tendo como vice o deputado estadual Marcelo Freixo. Haverá certa indefinição entre a reeleição de Paes, que contará com enorme coligação, no primeiro turno e a realização de um segundo turno, contra Leite ou Alencar.

Em São Paulo, o nome da situação (já que Gilberto Kassab, reeleito em 2008, não poderá concorrer) será o do senador Aloysio Nunes (PSDB), que contará com o apoio do ex-prefeito e ex-governador José Serra (que poderá tentar o Senado em 2014, enfrentando o petista Eduardo Suplicy) e do governador Geraldo Alckmin, além de PMDB e DEM. O nome do PT (apoiado por partidos como PDT, PSB e PCdoB) poderá ser o da também senadora Marta Suplicy, que tentará voltar à prefeitura da maior cidade do país. Estes dois nomes polarizarão as eleições paulistanas, também com indefinição de eleição já no primeiro turno (no caso, do candidato tucano).

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