29.12.08

QUE ARQUEM COM AS CONSEQÜÊNCIAS



Uma guerra nunca é agradável, por mais necessária que possa parecer - ainda mais quando vitima inocentes. Por isso - e minha opinião é sincera -, dá um aperto no coração vermos os desdobramentos dos bombardeios israelenses a Gaza, em resposta aos lançamentos de foguetes do grupo terrorista Hamas ao sul do país vizinho, depois do fim de um frágil cessar-fogo de seis meses. Mas acreditem: isso tudo é conseqüência da intransigência do grupo palestino, que se nega a reconhecer a existência de Israel e faz de tudo (felizmente, de forma infrutífera) para tentar destruí-lo.

O que vemos por aí? Simples: o vitimismo dos pró-palestinos, como ocorre sempre. Esses que nunca choraram pelos mortos de 11 de Setembro. Ou pelos atentados em Báli, Madri ou Londres. Nem mesmo por Buenos Aires, Nairóbi ou Mumbai, derramaram uma furtiva lágrima. Tampouco o fizeram pela opressão chinesa aos tibetanos, ou a sudanesa sobre a população de Darfur. De forma incoerente, para dizer o mínimo, esses mesmos que destilam ódio a Israel e aos Estados Unidos, ainda que procurem um motivo para tal, choram lágrimas de esguicho pelos palestinos, civis que são vítimas dos... próprios palestinos. Todos sabem por que digo isso. Apenas alguns se recusam a concluir quais são os motivos.

O pior é que isso é algo tão encravado na consciência dessas pessoas que levará décadas, talvez séculos, para ser modificado. A simpatia com o terror antiamericano e anti-sionista (este, na verdade, um anti-semitismo mal disfarçado) é um mal que, a certo prazo, pode ameaçar a própria existência da civilização ocidental - não há nenhum exagero nisso. Os simpáticos ao terrorismo, pelo simples fato de usarem duas máximas execráveis (a de que os fins justificam os meios, e de que os inimigos de nossos inimigos são, automaticamente, os nossos amigos), são os piores tipos de formadores de opinião existentes. Podemos encontrar vários deles por aí, é só procurar. Não vou nem falar sobre a condenação do governo brasileiro à reação israelense - quem viu que o Itamaraty negocia com o Irã e se recusa a reconhecer as FARC como grupo terrorista, não se surpreendeu nem um pouco.

Para esses, eu digo: não querem a paz, ou ao menos a tolerância? Querem atacar contando com a simpatia das esquerdas internacionais ao ser atacado, invariavelmente usando civis como escudo? Que arquem com as conseqüências.

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