6.12.08

QUAL É O LIMITE DE UMA DECLARAÇÃO PRESIDENCIAL?



Já tinha escrito aqui que o presidente Lula, muitas vezes, leva ao desespero com suas declarações fora de hora, incompatíveis com alguém que ocupa o cargo de chefe de Estado e de Governo. Mas a língua solta (embora ainda um pouco presa) de Lula parece não conhecer limites, talvez empolgada com os índices recordes de aprovação popular de seu governo. Nesta semana, a boca lulista aprontou mais uma das suas.

Durante um discurso, no lançamento do Fundo Setorial do Audiovisual, no Rio, Lula passou de todos os limites do tolerável ao se referir à crise mundial. Ao comparar a relação entre ele e a crise à de médico e paciente, Lula disse que o aconselhável seria o médico dizer que iria recuperar o paciente. Até aí, nada demais. O problema foi o que ele disse depois: "Ou você diria ao paciente: 'Meu, sífu'?". Que eu me lembre, é a primeira vez que um presidente fala algo parecido com um palavrão num discurso oficial...

Cada vez mais autoconfiante, Lula se comporta como aquele metalúrgico bronco dos anos 70 que fazia greves durante o período do regime militar. O problema maior é que o atual presidente parece não se ter dado conta que o cargo que ocupa é muito diferente daquela época. Como diria o tio do Homem-Aranha, grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Pelo que percebemos há tempos, Lula se comporta como um poderoso irresponsável. Pobres de nós, os que votamos e os que não votamos nele.

Um comentário:

Frodo Balseiro disse...

No caso, meu caro, não há limites, em se tratando de quem se trata....
abs