30.10.08

E 2010, O QUE SERÁ?

As eleições municipais de 2008 passaram e, como sempre, haverá especulações acerca das próximas eleições, as de 2010. No Rio, mesmo tendo sido derrotado no segundo turno, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) foi o grande vitorioso deste pleito. Afinal, como disse Reinaldo Azevedo, ele fez sua estréia como político de massas - antes deste ano, era visto como "político de opinião". Tanto que muitos de seus eleitores cogitam uma candidatura de Gabeira a senador, daqui a dois anos. Como o eleitorado votará em dois candidatos ao Senado, as chances serão grandes. O atual prefeito Cesar Maia (DEM) também pensa no cargo, mas o nome dos meus sonhos é o da ex-deputada federal Denise Frossard (PPS). Afinal, há grande necessidade de nomes fortes, para que seja impedida a reeleição do senador Marcelo Crivella (PRB).

Entre os possíveis postulantes ao cargo de governador do estado do Rio, é possível que Sérgio Cabral Filho (PMDB) não tente a reeleição - embora as atuais circunstâncias apontem para tal - caso as relações com o governo Lula continuem intensas. Pode ser que ele seja candidato à presidência ou pelo menos a vice, com Dilma Rousseff (PT) na cabeça da chapa. Com isso, podem crescer as chances do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, candidatar-se a ocupar o Palácio Guanabara. Entre os prováveis adversários, um nome forte é o do prefeito reeleito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT). Não tenho idéia de quem poderá ser o candidato de uma hipotética chapa DEM/PSDB, mas pode ser o deputado federal democrata Índio da Costa ou o deputado estadual tucano Luiz Paulo Corrêa da Rocha (ex-vice-governador e candidato ao governo do estado em 1998), que foi vice de Gabeira neste ano. No PDT, a vice-prefeita eleita de Nova Iguaçu, Sheila Gama, começa a despontar.

Já na presidência da República... Olha, não tenho noção de quem possa ser o nome da oposição para disputar o cargo daqui a dois anos. No PSDB, sinceramente, acho pouco provável que o governador de São Paulo, José Serra, se candidate. Afinal, em 2006, ele deixou a prefeitura da capital paulista para conseguir o Palácio dos Bandeirantes - acho mais provável que tente a reeleição. O ex-governador Geraldo Alckmin está descartado. Ou seja, está para surgir um nome para os tucanos tentarem voltar ao poder nacional. Pode ser que esse nome venha do DEM, mas é pouco provável.

Este texto foi algo parecido com um que fiz há dois anos, exatamente após as eleições de 2006. Acertei poucos prognósticos, mas acertei em cheio em partes do terceiro e do quarto parágrafos - e quase acertei no início do quinto. Reparem que havia até um partido político novo, que acabou morrendo no nascedouro. Coisas da cláusula de barreira, que acabou não saindo do papel.

Um comentário:

Anônimo disse...

A não ser que o quadro mude, acho muito difícil o Crivella não ocupar uma das vagas no Senado. Seria algo como a eleição recém-terminada, só que com duas vagas de prefeito. E o Crivella pode ter um teto baixo, mas também tem um piso alto. César Maia, além do desgaste na capital, é fraco no resto do Estado. Se a Frossard conseguir agrupar gente em torno de sua candidatura, acredito em Frossard e Crivella, com a Jandira correndo por fora se puder se desqueimar das eleições deste ano.

Para presidente, o Serra só não concorre se tiver algum problema de saúde.

Para governador, acho que o Cabral acaba garantindo essa boquinha por mais quatro anos, a não ser que veja uma candidatura muito forte do Governo, na qual possa embarcar com alguma segurança.