3.12.06

BRASIL, O PAÍS DO VÔLEI


A expressão acima faz tempo se tornou um lugar-comum. Mas é a mais pura verdade: há mais de duas décadas, o voleibol nacional cresceu assombrosamente. Mas para isso houve três fases com intervalos longos de tempo...

A sua primeira façanha relevante foi vice-campeonato mundial em 1982. Dois anos depois, a prata olímpica (entre eles, o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Caracas). Pareceria que haveria uma fase decrescente (oito anos sem um pódio - em 1988, quarto lugar nas Olimpíadas; em 1990, novo quarto lugar, num Mundial disputado em casa!).

Mas, em 1992, o tão sonhado ouro olímpico chegou. No ano seguinte, a primeira Liga Mundial. No Mundial de 1994, porém, a seleção masculina não chegou às semifinais. Enquanto isso, a seleção feminina, vice-campeã mundial em casa naquele ano, começava a crescer.

Enquanto o segundo período de jejum prosseguia entre os homens (nas Olimpíadas de 1996 e 2000, eles sequer chegaram às semifinais), as mulheres, comandadas por Bernardo Rezende, o Bernardinho, ganhava medalhas em todo lugar (naqueles mesmos dois Jogos, duas medalhas de bronze). Daí, foi inevitável o convite da CBB ao técnico da seleção feminina para dirigir a masculina...

Então, nasceu uma das maiores equipes da História no esporte. Mais de 80% de títulos conquistados. Pódios em todas as competições disputadas (a pior colocação foi o terceiro lugar no Pan de 2003, quando os jogadores só faltavam pedir férias). Uma medalha de ouro olímpica, em 2004. Ligas Mundiais que não acabam mais. E dois Mundiais, título que o Brasil não havia conquistado antes da Era Bernardinho: o primeiro, em 2002; o segundo, conquistado hoje com a categórica vitória de 3 a 0 sobre a Polônia na decisão.

Se quisesse sair da Seleção hoje, Bernardinho já entraria pra História. Mas ele quer sempre mais. Sorte nossa.

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