12.4.06

NÃO, EU NÃO MEREÇO

Não, eu não mereço essa vida cruel que o destino nos dá, incessantemente. Essa vida esdrúxula e vazia que nos assola a mente.

Não, eu não mereço essa politicada que infesta nossas vidas através de imagens que nos invadem direta e diariamente, nos fazendo lembrar do que, a todo custo, queremos esquecer. Que, no futuro, possamos reverter essa situação da forma mais nobre possível.

Não, eu não mereço ver meu querido país sendo empulhado diretamente por dancinhas esdrúxulas e sem nexo, visando a nos tripudiar em nossa boa-fé.

Não, eu não mereço essa farsa montada (e, felizmente e a tempo, desmascarada) para que uma que deverá ser merecidamente condenada possa fugir do seu nefasto e nefando destino - sabe-se lá o que isso venha a significar algum dia.

Não, eu não mereço a sucessão de metáforas que nosso Enrolador-Mor tenta nos impor - se isso for suficiente, vale lembrar a metáfora dos 40 ladrões descobertos por Ali Babá, das Mil e Uma Noites, comparando-se com facilidade aos 40 ladrões (e mais 260 picaretas) do... Lula Lá.

Não, eu não mereço essa decadência e esse declínio que a nossa sociedade sofre, ano após ano.

Aliás, se não mereço, ninguém mais também.

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